"Fui numa feira de gastronomia criativa.
Em meio a hambúrgueres de galáxia, sanduíche arco-íris e drinks de algodão doce
Eu não conseguia decidir o que eu queria
No fim do dia, voltando para casa eu senti fome
E o que eu mais queria era uma tigela pequena de gyudon com arroz"
E com essa pequena reflexão que abro esse post. Eu nunca gostei muito de comidas de épocas festivas, um bife à parmegiana desperta muito mais o meu apetite do que uma ceia e natal que levou o dia todo para ser preparada.
Pra quem não sabe, eu fui no Smorgasburg o maior festival de Gastronomia Criativa do mundo, e realmente a feira era enorme, ocupava uma parte considerável da ponta do Ibirapuera e eu nem tenho certeza se consegui ver tudo, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu não conseguiria provar nem 1% das comidas ali.
Se eu estivesse com um grupo de amigos, cada um podia pegar alguma coisa e provar um pouco de cada, porém eu estava sozinha e não consegui me decidir, no fim comprei uma batata frita com cream cheese de limão, estava boa, mas eu não consegui comer tudo.
No fim do dia eu estava voltando para casa, quando senti fome e tudo o que eu mais queria era a menor tigela de gyudon de uma fastfood perto de casa. A carne em fatias bem finas temperada e refogada com arroz branco passa uma sensação de simplicidade e conforto.
Há algum tempo atrás estreou o filme Menu, sobre um chef de cozinha que perdeu a paixão por cozinhar e resolveu criar um Menu mortal para seus últimos clientes, a protagonista do filme consegue escapar após dizer que os pratos requintados do chef não interessavam ela, o chef pergunta o que ela gostaria de comer e ela sabendo que o chef começou sua carreira numa hambúrgueres, pede um x-burguer com batatas fritas, despertando uma certa nostalgia no chef.
Esse filme me fez pensar, se eu fosse morrer amanhã qual seria a minha ultima refeição? Primeiro eu pensei em uma sobremesa feita com frutinhas de beladona, dizem que elas são doces, mas como são venenosas, acho que eu nunca irei descobrir, porém quando eu era criança meu avô nos levava para um restaurante japonês, e eu sempre pedia o mesmo prato kitsune udon. O restaurante fechou e eu nunca encontrei um kitsune udon igual à aquele, provavelmente eu nem me lembro mais do gosto dele direito, mas se eu pudesse pedir qualquer prato sem limitações eu gostaria comer um udon raposa numa noite fria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário