31 de outubro de 2014

Kolossoi

Kolossoi era um artefato usado pelos gregos, com o objetivo de proteção, apesar de também serem usados para causar o mal a algum inimigo ou então amarrar duas pessoas. Costumavam serem feitas de bronze, chumbo e algumas vezes de argila, metais preciosos, madeira, cera ou terra de sepulturas. Possuíam o formato de efigies (de certa forma eram parecidos com um boneco vodu) geralmente representadas de joelhos com as mãos e os pés amarrados, e espetos atravessando partes especificas do corpo (Ok, isso é assustador)
Eram encontrados em túmulos, santuários, lugares próximos a água, etc.

Basicamente o feiticeiro esculpia uma forma humana com os membros torcidos, (Kolossoi é um artefato para amarrar alguma coisa, sua forma representa isso, uma pessoa presa sem poder fugir ou se defender... assustador...), os espetos perfuravam partes que deveriam ser paralisadas (olhos ouvidos e boca iriam impedir a vitima de se comunicar, o coração, a vontade propria


Outro artefato mais antigo de sabida utilização pelos gregos especialmente para defesa contra forças do mal, e que datam pelo menos do século IV AEC, são as kolossoi, pequenas efigies normalmente confeccionadas em bronze ou chumbo, mas que há evidências de kolossoi feitas em argila, metais preciosos, madeira, cera e até mesmo feitas com terra de sepulturas. Essas boneca eram representadas quase sempre de joelhos e com as mãos e os pés atados, e uma quantidade de espetos tb de metal as perfuravam em partes específicas do corpo de acordo a intenção do praticante. Normalmente nos olhos, boca, genitália e membros tanto superiores quanto inferiores. Elas eram mais freqüentemente encontrados em túmulos, santuários, corpos de água, leitos de rios, esgotose também em uma casa helenística em Delos.
O objetivo das Kolossoi era principalmente o de “amarrar” as forças do mal ou quaisquer entidades que pudessem ser contrárias aos intentos do feiticeiro que a manipulava, incluindo deidades de tribos inimigas, mas também poderiam ser usadas contra inimigos humanos, fantasmas e até para prender o amor de alguém. No caso de defender-se de um inimigo cuja identidade é desconhecida, usa-se um par de kolossoi, um macho e outro fêmea. E no caso de saber-se ser um grupo de inimigos (normalmente uma outra tribo) ou grupo de espíritos usava-se em número de três.
Não era incomum a utilização de kolossoi de cunho sexual para amarrações de amantes, pretendentes e até mesmo maridos/esposas suspeitos de cometer adultério.
Sendo assim, estas e outras tantas formas de magia imitativa e manipulativa foram ganhando cada vez mais terreno a medida que a sociedade grega se desenvolvia, deixando seu caráter gentílico para assumir uma postura política, trazendo por consequência uma necessidade muito mais agressiva e imediatista de resolução de adversidades, fosse uma briga política, uma guerra entre estados ou até mesmo a derrubada de um competidor em evidência nos jogos. Essas novas necessidades fizeram com que muitos religiosos que praticavam as artes mágicas passassem a ver nisso uma forma de extorquir dinheiro da comunidade e começarem a cobrar por seus serviços, desta forma impelindo charlatões às mesmas práticas e obrigando o governo, no caso de Atenas, a tomar medidas precatórias com relação à prática da magia. Foram então criadas leis que puniriam com a mesma severidade com que um assassino era punido qualquer um que se conseguisse provar ter-se utilizado da magia para atentar contra outrem. Eis o início da marginalização da magia na Antiga Grécia.
Vimos, portanto, que há infinitos exemplos de como os atos e artefatos mágicos eram aplicados na vida cotidiana dos gregos, diferindo apenas um “religioso” de um “bruxo” o direcionamento de suas intenções diante da sociedade em um contexto muito mais político do que moral, uma vez que suas preces eram recorridas aos mesmos Deuses, seu modus operandi era praticamente o mesmo assim como os resultados obtidos.
No mais, o legado que a magia grega nos deixou é imenso, e ainda é até os dias de hoje um prato bem servido de história, filosofia, matemática e arte.

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