4 de agosto de 2017

Museu Egípcio Itinerante

Estava de férias visitando alguns parentes de Rio grande do Sul e acabei visitando a exposição do Museu Egípcio Itinerante no Bourbon Shopping Wallig, em Porto Alegre.

O idealizador do museu, o artista plástico Essam Elbattal, reuniu varias réplicas de esculturas, estatuas, amuletos e pinturas em papiros. A exposição retrata costumes e crenças do Antigo Egito, não só deuses e rituais, mas faraós, rainhas e leis da sociedade da época, as mulheres egípcias por exemplo possuíam muito mais direitos do que a maioria das mulheres nas civilizações vizinhas, elas poderiam ter empregos, propriedades e até se divorciar podendo manter os bens que possuíam antes do casamento, mas nesse post eu resolvi focar nos símbolos, amuletos e rituais.
O olho de Hórus as vezes era complementado com a imagem de uma serpente e um abutre, representando respectivamente as deusas Uadjit e Nekhbet. Ele era um simbolo de poder real sendo muito utilizado como amuleto.
Os escaravelhos também eram considerados animais sagrados, sendo associados ao deus Kheper que movia o sol através do céu do mesmo modo que os escaravelhos rolam uma pequena bola de esterco com seus ovos dentro. Para os egipcios esse ato simbolizava o renascimento e a ressurreição, já que da bola de esterco surgiam os filhotes de escaravelho.
De acordo com a mitologia Egípcia, foi Anúbis que ensinou os egipcios como mumificar os mortos sendo também o responsável por pesar o coração, futuramente eu talvez eu faça um post explicando mais detalhadamente o ritual de mumificação, mas basicamente o ritual consistia em remover o cérebro com um gancho através do nariz e desidratar o corpo com uma especie de sal, e remover os órgãos internos.
Os órgãos então eram colocados dentro de vasos canopos, quatro recipientes com tampas em forma de animais protetores que ficavam posicionados ao lado do caixão, Hápi, o babuíno, protegia o pulmões, Duamoutef, o cachorro, protegia o estomago, Quebejhsenouf, o falcão, cuidava do intestino e Amset, o homem ficavam com o figado.
Após a morte, se acreditava que a alma do faraó seria julgada em um tribunal conduzido por Osiris, nele Anubis colocaria coração do morto em uma balança, do outro lado seria colocado uma pena da deusa Maat, então Toth anotaria o peso.
Maat, a deusa da verdade e da justiça
Se o coração fosse mais leve, a alma poderia retornar ao corpo e viver eternamente, caso o contrario o coração seria devorado por Ammit, o monstro parte crocodilo, pantera e hipopótamo, destruindo a alma e a possibilidade de voltar à vida.
E apenas como comentário final, eu estava completamente sozinha do museu, sério não tinha mais ninguém lá, e o sarcófago era enorme a primeira coisa que eu pensei quando cheguei naquela parte foi: "Esse caixão vai se abrir e vai sair alguma coisa de dentro..." Ai eu olho para o lado e vejo a múmia
Eu não queria chegar muito perto da múmia, mas não importava quantas fotos eu tirasse elas sempre ficavam desfocadas, quando finalmente consegui focar, o reflexo do vidro estragava a foto, ou seja eu teria que encostar o celular no vidro para tirar uma foto boa, mesmo assim o enquadramento não ficaria tão bom então acabei ficando com a foto com reflexo mesmo...
Parece que o museu ficará em exposição no Bourbon Shopping Wallig até o dia 12 de Outubro.

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